Um fim que não é um fim. Um fim que é um recomeço. O problema maior é que nós mulheres ficamos muito tempo (demasiado) dedicadas ao sofrimento. Se, por um lado, somos mais fortes e corajosas e decididas do que a maioria deles o é, por outro, temos a capacidade de sofrimento ampliada em nós. Amamos muito e sofremos muito. Ilustro o que afirmei com um exemplo: Eles, quando acabam uma relação, passados dois meses (ou mesmo duas horas) já estão noutra, nós passados dois anos ainda temos lá a cicatriz que sangra ainda de vez em quando. É normal. Somos assim. É essa a nossa matéria: temos uma capacidade enorme de amar e ao mesmo tempo uma capacidade enorme de sofrimento. Por essa razão é que as mulheres caem sempre no erro do amor e os homens não - tal como diz valter hugo mãe. Nós caímos sempre no erro do amor porque temos uma capacidade de acreditar do tamanho de um sol. Enorme e brilhante. Nós acreditamos no amor como um caminho para a felicidade, mas por vezes esquecemo-nos que os caminhos para a felicidade são diversos, sempre muitos. Esse não é o único. O caminho para a felicidade é amarmo-nos. O caminho para a felicidade é não esperarmos muito da felicidade. (ups, esta última não é muito optimista, mas na verdade quanto maior é a ânsia pela felicidade menos a felicidade surge no nosso caminho). O caminho para a felicidade é manter a capacidade de seguir em frente mesmo quando não apetece. Mas não é seguir em frente como os burros, é seguir em frente e para cima ao mesmo tempo. O caminho para a felicidade é não ter medo de cair de novo no erro do amor.
Amo-te P.
Para sempre. Podes sempre contar com os meus erros, pois é deles que tiro as lições que modestamente te posso passar, se quiseres.
1 comentário:
Beckett diz qualquer coisa como : "Falhar outras vez, falhar melhor..."
Eu digo: " Amar outra vez, amar melhor, sempre." Amar-me a mim.
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