domingo, 9 de maio de 2010

dia de chuva em Maio

Ainda estou a aprender. Claro. Estamos sempre; eu sei. Mas eu estou a aprender a minha nova vida. Nem sempre é fácil, mas é exactamente o mesmo quando se começa alguma coisa pela primeira vez. Ao princípio (esta palavra, eu sei, tem acento embora não apareça no ecrã) temos muitas dúvidas, muitas inseguranças, depois vamos aprendendo as regras e procuramos maneiras de ter momentos felizes. Por exemplo, hoje: um dia de chuva em Maio. E um detalhe importante: Sábado. Se antes os fins-de-semana eram muito desejados, agora são (quase) temidos. Os amigos nas suas casinhas, com os seus filhinhos e as suas vidinhas e eu na minha casinha a aprender a viver a minha novinha vidinha. (nota: todos estes «inhas» não têm qualquer carga pejorativa, é só porque é mesmo assim). Mas estava eu a escrever sobre hoje. Alguns telefonaram-me a queixarem-se do tempo: para mim estava óptimo!!!!!! O tempo de sol e céu azul ultimamente é uma facada no estômago, no meu estômago. Não sei o que fazer com ele. Supostamente, o dia está bonito e nós deveriamos também estar muito felizes com isso. Mas não é assim tão automático. Por isso, o dia de hoje deixou-me tranquila - estava condizente com o meu estado de espírito. E isso é bom. Não que eu estivesse triste, nada disso. Mas também não me apetecia que estivesse sol e que fosse esperado de mim ficar alegre e contente. Assim, fiquei tranquila: não tinha de correr para acompanhar o tempo! Eu sei que isto é uma fase. É mais uma fase daquelas em que não se está feliz, mas também não se está necessariamente infeliz, está-se apenas. E é fundamentalmente isso que eu tenho de aprender. Eu acho, no meio disto tudo, que é karma. Eu sempre disse (orgulhosamente) que era muito independente. Ora, pois aqui estou: INDEPENDENTE. Mais seria difícil.

1 comentário:

sameirinho disse...

São os reajustamentos da vida, a tentativa do equilibrio de um equilibrista novato, sem experiência, enfim tudo o que pensamos que é facil quando somos meros espectadores e tudo se transforma quando somos nós na corda bamba! bamba..bomba